Foram aproximadamente cinco meses até que saísse o resultado de que Micael integraria o elenco da novela jovem. Antes, ele havia tentado um papel no filme "Faroeste Caboclo", de Renê Sampaio, e diante da aprovação para o folhetim, o ator declinou a oportunidade para o cinema e iniciou a preparação para viver Pedro na TV. "Fiz o primeiro teste e vi que tinha de cantar. Canto um pouco, mas vi pessoas cantando muito bem e eu falei: 'O que estou fazendo aqui?'. Foi quando me falaram que não era apenas música, mas também interpretação e expressão corporal. Passei para o segundo teste, o terceiro, e no quinto teste pensei: 'Se cheguei até aqui e tem sete pessoas, estou bem. Vamos continuar'", analisa.
Diferentemente do papel anterior na TV, o desconfiado Luciano de "Malhação", da Globo, o novo personagem de Micael é um quase anti-herói. A ele são comuns atitudes que vão desde cenas de briguinhas no colégio até bagunça generalizada. O intérprete garante que, desse mesmo jeito, o personagem é do tipo bom rapaz. "O meu papel exerce uma certa liderança entre os amigos dele e sempre está atento para o que pode acontecer. Além de ser um cara doce, mas ao mesmo tempo firme", conta o ator, que afirma ter algumas semelhanças com Pedro. Mas foi com o jeito livre e "pé-no-chão" do personagem que Micael mais se identificou. Na trama, uma adaptação de Margareth Boury da novela mexicana "Rebelde", do SBT, Pedro é bolsista do colégio de elite e, ao longo da novela, formará uma banda junto aos demais protagonistas --Alice (Sophia Abrahão), Roberta (Lua Blanco), Diego (Arthur Aguiar), Carla (Melanie Fronckowiak) e Tomas (Chay Suede).
Para fazer a versão brasileira, Micael garante não ter se baseado na história mexicana. Segundo ele, a versão da Record terá vários elementos diferentes. "Mas o foco romântico dele com a personagem Alice é bem parecido", avalia, apostando também no sucesso de outros núcleos da trama. Ainda para o ator, o cuidado da preparação pré-gravação é um dos maiores diferenciais desta versão de "Rebelde". "Eu gostei muito. Só encontramos isso em filme ou teatro, não em novela. Em novela, você só recebe o texto e grava. Não tem essa preparação de encontrar o personagem e isso faz toda diferença", conta o ator, que ficou dois meses fazendo aulas de interpretação e expressão corporal, e continua com as de canto.
Uma das principais vontades de Micael é de que o público entenda o jeito "marrento" de seu personagem. Marra esta que, segundo o ator, chega a ser até engraçada. "Acho que me escolheram porque eu gosto de zoar, de dar apelidos. E, na época do colégio, eu era parecido com o Pedro. É esta camaradagem que quero levar para o meu personagem", finaliza.
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