ESSA FRAQUEZA LOIRA
A cantora e atriz Rocío Igarzábal, recém incorporada aos TeenAngels, promete uma nova etapa musical cheia de sensualidade, juventude e carisma para a banda-sensação no mundo adolescente.
Quatro temporadas bastaram para que os jovens de Quase Anjos, a última novela de sucesso de Cris Morena, fossem de órfãos a salvadores da paz, viajantes intergaláticos, ecologistas e humanistas. Os personagens interpretados por Mariana “Lali” Espósito, María Eugenia Suárez, Nicolás Riera, Gastón Dalmau e Peter Lanzani também se dedicavam a interpretar músicas próprias e covers que fizeram parte do repertório de uma banda festejada ao longo do globo: os TeenAngels. Entretanto, acabada a novela, não acaba a música, porque disseram sim a um novo disco, a mais turnês e a milhares de milhares de fãs. É claro que, quando os ciclos se cumprem e as crianças crescem, alguns se vão e outros se reciclam. Assim, a saída de María Eugenia “la China” Suárez trouxe uma feliz substituição: Rocío “Rochi” Igarzábal, a Valeria de Quase Anjos.
Tímida, humilde e simpática, essa menina de 21 anos, que vive em San Isidro com sua família e Cafre, seu poodle toy, entrou em Quase Anjos na segunda temporada e hoje, três anos depois, chegou na crista da onda como cantora de uma das bandas mais quentes no cenário pop.
Positiva: Você já tinha feito turnês com os TeenAngels, mas agora chegou ao primeiro esquadrão. Como se sente sendo uma dos cinco TeenAngels?
Rocío: Sinceramente, foi uma surpresa enorme. Eu não esperava!. Dois dias antes de ir de férias para o Brasil, me ligaram e perguntaram se eu estava interessada em fazer parte do grupo. Obviamente, eu disse que sim. Gosto muito da música, das turnês, das viagens, e eles me receberam da melhor maneira, com muita atenção.
P: Você não teve que brigar por esse lugar?
R: Muito em confiança, houve piadas e algumas ameaças, mas nenhuma situação incômoda. Falaram mais do que fizeram. Agra, dizem para que eu me prepare… (risos). É que, entre o teatro e a novela, convivemos há três anos; nos conhecemos muito.
P: O que significa essa nova etapa para a banda?
R: Por um lado, já não são os personagens, mas nós mesmos que colocamos nossas personalidades no grupo. Lali é divertida; Gastón e eu, os mais calmos. Nico é muito engraçado e Peter, experiente.
P: Foi uma surpresa que a banda continuasse com o fim da novela?
R: Para mim, sim. Para os outros, não. Estavam preparando tudo há vários meses e estavam a par da situação.
P: Os fãs de Quase Anjos e dos TeenAngels podem ser muito esquentados. Como receberam sua integração ao grupo como substituição de María Eugenia Suárez?
R: Euge é muito linda e talentosa, e é preciso respeitar seus fãs. Entretanto, há um público fiel que está presente sem se importar com o que aconteça. No show de Punta del Este e na turnê por Israel, por exemplo, me trataram muito bem. Havia até cartazes para mim! Fiquei muito feliz com a resposta das pessoas. Cada um tem seus seguidores.
P: Estar fora do ar ajuda ou prejudica a nova formação?
R: Permite que nos livremos da imagem da novela, da infância. Mas também é ruim porque sempre se precisa da TV e da imprensa. Por sorte, temos o Twitter, que permite nos comunicarmos com nossos fãs diretamente.
P: Você acha que se essa mudança tivesse acontecido no ano passado, os roteiristas teriam dado maior destaque a você?
R: Não, porque em TeenAngels não sou Vale, sou Rocío. Este é um projeto separado e ainda que Cris (Morena) sempre esteja presente, porque sempre nos acompanha, isso é da RGB e da Sony.
P: Vocês estão começando a gravação do novo CD. Seguirá o mesmo estilo pop dos trabalhos anteriores?
R: Vai ser diferente porque agora procuramos o mercado internacional e temos que satisfazer os gostos de países diferentes. Entretanto, já não somos um grupo adolescente. Somos nós, só que maiores. Queremos explorar a juventude, a sensualidade e o carisma.
P: Por isso você disse que um de seus objetivos é deixar de ser a Rochi sorridente de sempre para virar uma femme fatale?
R: Sim. Esse é um desafio para Lali e para mim. Sobretudo, para mim. (Risos). Entretanto, com os outros ao meu lado, me sinto muito cômoda para conseguir. Somos companheiros e amigos na vida; nos apoiamos.
P: O CD já tem data de lançamento?
R: Por enquanto, não. Estamos preparando o videoclipe do novo single, que me deixa um pouco nervosa. Depois faremos alguns shows, trabalhando arudamente e nos aprimorando no canto.
P: Você acha que podem voltar a dividir a tela?
Por agora, não. Cada um está fazendo suas próprias coisas. Lali, por exemplo, vai atuar numa novela com Facundo Arana, e Nico está no Bailando por un sueño. Outros estão na Pol-ka ou em produtos para a Telee.
P: Quando você recebeu a notícia de que ia se juntar ao grupo, você já estava quase indo gravar com Quique Estevanez. Foi difícil escolher entre um projeto e o outro?
R: Eu gostava muito da história e de trabalhar com atores como Luz Cipriota, mas o que eu quero fazer na minha vida é cantar. Na hora de escolhar, isso pesou mais na balança. Entretanto, fico muito grata a Quique por ter pensado em mim.
P: Você já tinha estudado atuação antes de se juntar à Cris Morena?
R: Sim. Comecei aos 14 anos com comédias musicais em inglês, em vários grupos de teatro. Sempre gostei do palco.
P: Justamente. A comédia musical incorpora várias linguagens nas quais você vem se aprimorando: dança, canto e atuação. É o que você gostaria de fazer no futuro?
R: Acho que, hoje em dia, a comédia musical é muito exigente para mim. Tenho que melhorar muito. A televisão, entretanto, é mais relaxada e íntima. Você grava com as mesmas pessoas dia após dia, e é permitido ensaiar e errar. No teatro, você está super exposto. O que acontece é o que você vê. Portanto, só as vejo como espectadoras.
P: Você se acha mais cantora que atriz?
R: Totalmente. Desde sempre. Por isso, tento me desenvolver mais para esse lado.
P: Você compõe?
R: Sim! E toco violão. Gosto de fazer músicas em inglês, num estilo meio Sheryl Crow, sempre falando de amor ou da vida, de aproveitar o momento. São músicas meio bossa, bem tranquilas. Algum dia quero cantar minhas músicas, fazer shows bem intímos, com poucos instrumenos. Nada muito barulhento!
P: Que música te agrada?
R: Várias. Jason Mraz, Bebe, Chambao, Maroon 5 e Jarabe de Palo. A música latina me encanta.
P: E ainda fotografa. Bem completa!
R: Sim! Eu adoro. É um hobby que eu gostaria de desenvolver para um dia, viajar e tirar fotos. Nesse mês começo um curso com a minha irmã.
P: Há rumores de um romance entre você e Nico Riera. Quanto disso está certo?
R: Nada! Estavámos nos escritórios da RGB fazendo uma nota para Israel e tiramos umas fotos para colocar no Twitter. Aí começou o rumor de que estávamos juntos e alguns programas e revistas insistem nisso. Somos muito amigos, mas nada a ver. Estou solteira, totalmente sozinha.
Tempo de mudança
No mês de janeiro, as contas do Twitter mostraram um anúncio nada esperado: María Eugenia Suárez abandonava os TeenAngels com o grito de “Fui feliz, feliz, feliz!!! Mas acabou um ciclo.” Isso dizia a Cigana que apaixonou Tacho na pequena tela (e Nacho Viale na vida real). Em uma extensa carta, a jovem agradecia o público, seus companheiros, aos técnicos, produtores, diretores e a Cris Morena. A mensagem acabava com um “Todo final anuncia um novo começo”. E assim vai ser para ela, assim como foi para Rocío Igarzábal, nova integrante dos TeenAngels e dona de um futuro que promete.
Novos ares
Apesar do final de Quase Anjos, a banda TeenAngels continuará com uma tradição que já tem sete CDs lançados, mais de 500 apresentações na América latina, Europa e Israel e uma diversidade enorme de prêmios, incluindo o de Melhor Artista Argentino nos 40 Principales da Espanha, em 2009 e 2010. Com a incorporação de Rocío Igarzábal e o final da novela, o grupo vai mirar no mercado internacional com uma música diferente, não dedicada somente a adolescentes.
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