Sem maquiagem, vestindo um macacão sujo, surrado e com o buço por fazer. Foi assim que o público reencontrou Lilia Cabral em "Fina Estampa". Na pele de Griselda, uma mulher abandonada pelo marido que dá duro na vida para criar os três filhos, a atriz ocupa o posto de protagonista em uma novela global pela primeira vez na carreira. Apesar disso, Lilia não faz distinção entre o papel na trama de Aguinaldo Silva e seus trabalhos anteriores e acredita que a única diferença é o ritmo de trabalho.
"Tenho uma grande responsabilidade nas mãos. Mas, em nenhum momento, penso em mim como 'a protagonista'. Tem coisas mais importantes para mim em estar em 'Fina Estampa' do que o tamanho do meu papel", disse ao site. Para a atriz, o fato de ser estrela da novela das 21 horas não altera em nada seu trabalho. "Quando eu sou escalada para um trabalho me empenho da mesma maneira. Seja ele coadjuvante ou protagonista", completou.
Impecável em cena, Lilia vem arrasando na pele da mulher batalhadora que é rejeita pelo filho. A atriz não considera o personagem de Caio Castro um vilão, mas afirma que não aprova as atitudes do rapaz. "Fazer as coisas como ele faz, falar com ela do jeito que ele fala, torna o personagem mesquinho. Mas, o ser humano é assim. Agora, quando ele convida uma atriz para se passar pela mãe dele aí a gente vê o caráter", analisou.Para ela, o fato dele ter vergonha da roupa da mãe não é nada anormal. "Se a minha mãe ou meu pai chegasse vestido com aquele macacão sujo na porta da minha faculdade, talvez eu sentisse um pouco de vergonha", confessou. Sobre a polêmica em torno de Aguinaldo e o autor Walcyr Carrasco - o escritor acusou o colega de copiar sua ideia - Lilia preferiu se abster. "Eu assisti alguns capítulos de 'Morde & Assopra'. Amo a Cássia [Kis Magro], ela é uma atriz extraordinária. Mas acho que a abordagem do Aguinaldo é diferente. Cada história é uma história", desconversou.
Totalmente focada no folhetim, Lilia não pensa em voltar a viver a Mercedes no seriado "Divã" e acredita que o projeto já deu tudo que tinha que dar. "Isso não significa que eu não queira voltar a fazer", ressaltou. Cotada para ser a última Helena de Manoel Carlos, ela disse que jamais recusaria um convite do autor. "Agora, se eu for a Helena quem vai ser a antagonista?", questionou. Confira a entrevista completa com a atriz nas próximas páginas
Nenhum comentário:
Postar um comentário